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A Natura cansou de maquiar a realidade. Fabio Barbosa assumiu a presidência da companhia com carta branca para fazer uma profunda reestruturação na Avon International, considerada a operação mais problemática do grupo. Por reestruturação entenda-se cortar na própria carne. Segundo o RR apurou, Barbosa estuda encerrar as atividades da Avon na Rússia e na Ucrânia. O conflito entre os dois países piorou o que já era ruim, achatando ainda mais os resultados obtidos nesses mercados. Mas a “guerra” da Natura é mais ampla e abrange outros países.
A companhia avalia também deixar a África do Sul e as Filipinas. São regiões onde a operação da Avon não cumpriu seus dois maiores objetivos: aumentar suas próprias vendas e abrir espaço para o avanço da marca Natura. Consultada, a companhia não se pronunciou. A Avon – maior investimento da história da Natura – é um negócio bipolar. O desempenho na América Latina, uma divisão à parte, é positivo.
Já a Avon International, um “condomínio” de 38 países, é uma peça que até agora não se encaixou nos demais negócios do grupo. No Leste Europeu, África e Ásia, a operação é sinônimo de dificuldades logísticas, perda de espaço para marcas concorrentes e resultados declinantes. A chegada de Fabio Barbosa, de certa forma, é produto dessa crise. A má performance da Avon International foi determinante para o afastamento de Roberto Marques, seu antecessor. Na companhia, sobram críticas de que Marques concentrou poder, centralizou decisões que deveriam ser tomadas por executivos nos respectivos países e não conseguiu estancar a perda de rentabilidade da divisão. No ano passado, a Avon International teve um aumento de receita de apenas 2,5%, o menor entre todas as áreas da Natura. Some-se a isso uma queda de 13,5% no Ebitda, único recuo entre as subsidiárias do grupo. Neste ano, a situação se agravou: no primeiro semestre, o faturamento da Avon International caiu 24% em comparação ao mesmo período em 2021.
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