Buscar
Warning: Undefined array key 0 in /home/relatorioreservado/www/wp-content/themes/relatorio-reservado/components/materia.php on line 12
Warning: Attempt to read property "cat_name" on null in /home/relatorioreservado/www/wp-content/themes/relatorio-reservado/components/materia.php on line 12
As montadoras pressionam o governo Bolsonaro a acelerar as tratativas para a inclusão do setor no acordão do livre comércio do Mercosul. A indústria automobilística corre contra o relógio: o inimigo é o calendário eleitoral argentino. A premissa é que qualquer negociação multilateral neste sentido será ainda mais difícil a partir de 10 de dezembro, quando a dupla Alberto Fernández e Cristina Kirchner deverá tomar posse na Casa Rosada. O ritmo de reuniões entre os dirigentes do setor e o governo é intenso. Os dois encontros mais agudos ocorreram no espaço de uma semana: no dia 13 de setembro, o presidente da GM Americas e da GM América do Sul, respectivamente Barry Engle e Carlos Zarlenga, estiveram com o ministro Paulo Guedes.
Poucos dias antes, a cúpula da Anfavea havia se reunido com o ainda secretário da Receita Federal, Marcos Cintra. Do lado brasileiro, a maior pressão, segundo o RR apurou, vem da Volkswagen. A companhia tem sido uma das mais afetadas pela retração das exportações para a Argentina, o grande mercado comprador de automóveis brasileiros. Entre janeiro e agosto, suas vendas para o pais vizinho acumularam uma queda de quase 50% em comparação ao mesmo período do ano passado. Como consequência direta, a Volkswagen dará férias coletivas, a partir de 2 de dezembro, a três mil trabalhadores nos dois turnos da fábrica de São Bernardo do Campo.
De acordo com a fonte do RR, a montadora já acenou ao governo com o risco de um PDV no início de 2020 caso não haja uma recuperação das exportações. No mês passado, Brasil e Argentina renovaram seu acordo automotivo, que venceria em meados de 2020 e foi estendido até 2029. Entre o possível e o ideal, prevaleceu a primeira hipótese. O tratado foi uma solução-tampão, algo feito no afogadilho pelos dois países justamente para se antecipar à iminente derrota eleitoral de Mauricio Macri. A escala progressiva prevista no acordo estabelece que o livre comércio de veículos entre os dois países se dará apenas em 2029. As montadoras brasileiras, grandes exportadoras do Mercosul, consideram que esse futuro demora muito ainda.
Todos os direitos reservados 1966-2024.