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O RR apurou que a Mitsui pretende exercer o direito de preferência sobre a participação da Commit (ex-Gaspetro) sobre cinco distribuidoras de gás do Nordeste – Algás (AL), Cegás (CE), Copergás (PE), Potigás (RN) e Sergas (SE). O grupo japonês tem buscado pareceres jurídicos para dar respaldo à operação. Paralelamente, discute com a Compass, leia-se Cosan, a precificação dos ativos. Trata-se de uma negociação delicada, que tem de ser conduzida com razoável dose de cuidado. O caso é polêmico, com elevado risco de judicialização. A Commit pertence à Compass (51%) e à própria Mitsui (49%). Em 2021, ao fechar a compra da participação da Petrobras na Gaspetro, a Compass/Cosan se comprometeu com o Cade a se desfazer de um pacote de ativos para que a operação fosse aprovada. Sete participações foram vendidas em 2022. Faltam as cinco distribuidoras nordestinas. A Mitsui já está no capital de todas elas e tem a opção de compra das demais ações. Ou “teria”. Outras concessionárias de gás questionam a transferência das empresas para os japoneses por entender que o acordo com o Cade não permite ao grupo exercer o direito de preferência. Na prática, as cinco distribuidoras estariam saindo de uma mão para a outra da Mitsui, pelo fato de o grupo ser acionista da Commit. A maior contestação vem da Infra Gás e Energia. No ano passado, a empresa fechou a compra da participação da Commit na Algás, Cegás, Copergás, Potigás e Sergas. Fechou, mas não levou. Na condição de sócia da Commit, a Mitsui precisa dar seu aval para o negócio, o que até hoje não aconteceu. A Infra já formalizou uma queixa ao Cade. Nos bastidores, insinua que a dobradinha Compass e Mitsui teria montado um teatro e estaria agindo deliberadamente para forçar a transferência das cinco distribuidoras aos japoneses. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Mitsui, mas não obteve retorno.
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