Militares do Palácio e olavistas têm um duelo marcado

  • 12/05/2020
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A área de educação é o pano de fundo de uma disputa emblemática da atual estrutura de poder no Brasil: de um lado, os militares palacianos; do outro, Olavo de Carvalho e os filhos do presidente Jair Bolsonaro. Segundo fonte do RR, os dois grupos travam um duelo por espaço no Conselho Nacional de Educação (CNE), que tem um papel importante na condução do ensino no país. No fim de junho, 12 cadeiras ficarão vagas com o término dos mandatos dos respectivos conselheiros – sete na Câmara de Ensino Básico e cinco na Câmara de Ensino Superior.

Será a primeira leva de nomeações do governo Bolsonaro para o Conselho. Nada mais natural que atice a competição entre os dois grupos de poder mais próximos do presidente da República. O que está em jogo não é apenas a maior influência sobre a elaboração de policies para a Educação. Por trás, há uma disputa entre militares lotados no Palácio e olavistas por terreno dentro do governo.  Em sua maioria, as vagas no Conselho são habitualmente ocupadas por representantes de entidades civis, a exemplo da Academia Brasileira de Ciências, ABL, UNE etc.

A priori, o critério será mantido em sua essência, ainda que não necessariamente em escala. É dado como favas contadas dentro do Palácio do Planalto que tanto os militares quanto os olavistas serão contemplados. A questão é a parcela que caberá a cada um. No que depender de Carlos, Eduardo e Flavio Bolsonaro, Olavo levaria ao menos duas cadeiras. Pode parecer pouco, mas, como já se viu, o “oráculo da Virgínia” costuma fazer do grão um pão. Não custa lembrar que a área de educação é um dos principais clusters de Olavo no governo, incluindo a indicação de Abraham Weintraub. Ocorre que, nos últimos tempos, os militares do Palácio têm conquistado cada vez mais prestígio e influência. Com o perdão do Centrão, talvez sejam hoje os principais preenchedores de cargos no governo.

#Forças Armadas #Jair Bolsonaro #Olavo de Carvalho

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