Melhoria da educação entra no radar do Olimpo do setor financeiro

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Melhoria da educação entra no radar do Olimpo do setor financeiro

  • 8/07/2025
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Insper e bancos da Faria Lima, entre outras instituições irmãs em physique du rôle e convicções ideológicas, estariam conversando sobre um projeto compartilhado para melhorar a qualidade educacional brasileira. Dinheiro não falta. E há frações de marketing institucional, green walshing e verdadeiro espírito cívico para todos. De qualquer forma, há algum mérito na disposição de instituições privadas colaborarem para o aprimoramento de políticas públicas. O oráculo das Lojas Americanas, Jorge Paulo Lemann, já tinha descoberto há muito tempo o valor de uma educação de proa. O empresário, contudo, caminhou para um projeto próprio: a formação de executivos públicos e lideranças políticas – Tabata Amaral tornou-se a expoente da “bancada Lemann”. Em outros termos, digamos que o seu projeto seja uma espécie de categoria Sub-20 da burocracia pública.
As razões ainda não estão devidamente postas, mas o fato é que conglomerados das elites financeiras parecem ter descoberto a educação. Não como investimento per se – isso há, aos borbotões, na indústria de private equity –, mas como uma iniciativa que traz no seu bojo uma contribuição pública. Se a ideia avançar, pode vir a ser o movimento mais concreto do empresariado na área desde o advento do Todos pela Educação, projeto voltado à formulação de propostas para a melhoria do ensino básico e criado com apoio de grandes corporações, como Gerdau, Itaú e Natura. Lá se vão quase 20 anos. Causa espécie o grupo dominado pelos rentistas somente ter descoberto o problema da educação no país tão recentemente. Foram décadas em que seria possível combinar a acumulação de capital com alguma ajuda à capacitação do povo brasileiro.

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