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Megaprojeto em biogenética (re)une Mubadala e Eike Batista

  • 25/07/2024
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Quem disse que dois raios não podem cair no mesmo lugar? O fundo Mubadala, da Arábia Saudita, um dos investidores que mais perderam recursos com os projetos fracassados de Eike Batista, está negociando um megaprojeto  com o mesmo empresário que lhe infringiu  prejuízos bilionários.

Verdade seja dita, os sauditas nunca deixaram de respeitar Eike. O empresário brasileiro sempre pagou suas dívidas. No caso do Mubadala, entregou ativos inteiros como ressarcimento, a exemplo do Superporto do Açu. Agora, Eike está imerso na biogenética. É nesse campo, diretamente ligado à energia renovável, que o empresário pretende criar novos unicórnios – empresas com valuation acima de US$ 1 bilhão.

A bola da vez é uma espécie de palmito, a macaúba, a quem ninguém dava muita atenção. Mr. Batista se juntou a um grupo de jovens geniozinhos e encontrou uma solução de mudança genética que aumenta em seis a sete vezes a produção de etanol em relação à cana de açúcar, além de aproveitar 100% dos resíduos – bagaços, digamos assim.

O Mubadala tem R$ 12 bilhões para o projeto, incluindo uma refinaria na Bahia para beneficiar o combustível. Mira o querosene de aviação.  Eike Batista tem a tecnologia e, aposta que, ao lado dos sauditas, conseguirá levantar recursos próprios no mercado de capitais. Uma das suas tiradas prediletas diz respeito aos “farialimers”:  “Muitos daqueles que me tiraram vão me devolver”.

O Mubadala estuda construir um Centro de Tecnologia Agronômica em Montes Claros, em Minas Gerais, no corredor que segue pela Bahia adentro e onde será plantada a macaúba. Enquanto isso, Eike já tem seu inventozinho pronto para aportar como capital junto ao Mubadala.

#Eike Batista #Mubadala

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