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À primeira vista, o repentino retorno de Roger Laughlin à presidência do Makro, apenas quatro meses após deixar o cargo, parece reforçar a ideia de que os holandeses da SHV estão absolutamente perdidos em relação à operação brasileira. Afinal, o súbito vai-e-vem se soma a uma conta de juros compostos onde as demais parcelas são anos e mais anos de prejuízos, equívocos de gestão e perda da importância relativa da rede atacadista no país. No entanto, a reencarnação de Laughlin no comando da subsidiária significa exatamente o contrário: trata-se de um sinal de que os acionistas controladores do Makro, enfim, começaram a se encontrar e a admitir que não dá mais para brigar contra os fatos e fingir que tudo vai bem. A velha resistência da família Fentener van Vlissingen a mexer na estrutura societária de seus negócios no país parece cair por terra e Laughlin é um personagem importante neste enredo. O financista reassume o cargo com a missão de arrumar a casa para a chegada de novos moradores. Segundo fontes ligadas à companhia, a SHV trabalha com dois cenários: a venda de uma participação minoritária para um fundo de private equity ou mesmo a negociação do controle do Makro Brasil. Por ora, os caminhos apontam para a primeira hipótese. Segundo o RR apurou, Laughlin abriu conversações com o fundo norte-americano Advent, que tem um colar de participações em quase 20 empresas no país – de terminal portuário a grupo educacional. As gestões envolvem a transferência de até 30% do Makro no Brasil. Não custa lembrar que, no ano passado, a gestora de private equity captou cerca de R$ 5,5 bilhões para investimentos no país – até o momento, boa parte dos recursos ainda não foi utilizada. Seja nas mãos da família Fentener van Vlissingen, seja, eventualmente, sob a batuta de um novo controlador, o desafio do Makro é deixar de ser um gigante de calças curtas no Brasil. A imagem da rede atacadista no país é a de uma companhia anêmica, sem foco, sem punch para tirar mercado de seus principais competidores e sem capacidade de reação. O golpe mais duro veio no ano passado. Cada vez mais longe do líder do segmento, o Atacadão/Carrefour (com faturamento de R$ 15 bilhões), a empresa ainda perdeu o segundo lugar do ranking do atacado para o Assaí/ Pão de Açúcar. Os holandeses já perceberam que precisam fazer algo. Ou, então, restará à SHV apenas velar o longo sono do Makro no Brasil. * As empresas Makro e Advent não retornaram ou não comentaram o assunto.
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