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Engana-se quem pensa que Luiz Inácio Lula da Silva e Henrique Meirelles são desafetos, nutrem antipatia mútua ou são incapazes de pequenas colaborações, até mesmo em tempos de guerra. Dois meses antes do fim do ano, o ministro da Fazenda, em meio ao tiroteio político, fez chegar ao ex-presidente, por intermédio de um advogado e amigo em comum, um breve arrazoado com medidas que considera relevantes para que o país reencontre uma trajetória de desenvolvimento duradouro, além da próxima década. Para efeito de formalidade, apenas uma gentileza.
Mas o subtexto é de que se tratava de uma contribuição sobre pontos limítrofes além dos quais os acordos seriam impossíveis. Meirelles esteve no grupo que originou a Carta ao Povo Brasileiro. Não há qualquer comparação entre aquela circunstância e a atual. Lula e Meirelles são adversários políticos e poderão vir a ser concorrentes na eleição presidencial. Ambos, contudo, são pragmáticos. Trocam mesuras através de terceiros.
E se poupam claramente em seus pronunciamentos públicos. É improvável que voltem a despachar juntos. Mas é bem possível que, caso Lula retorne ao governo ou mesmo eleja um dos seus “postes”, Meirelles venha a ser recrutado para um posto “distante e perto”. Algo como a Embaixada brasileira em Washington. Meirelles adoraria. E não custa recordar que nem Lula nem o PT têm mais a oferta de quadros de que dispunham no passado. Vão ter mesmo de recorrer àqueles que não estão tão longe, mas também não estão tão próximos. São poucos.
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