Lula e Dirceu são questões de Estado

  • 2/12/2019
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Lula lá, Lula cá, Lula ali… O ex-presidente da República é monitorado em tempo integral pelos órgãos de inteligência. Mas a cobertura full time das ações não é privilégio do Lula, até porque ele anda meio borocoxô, gerando pouco conteúdo para os relatórios dos serviços de informações. Quem faz a alegria dos espiões é o comandante José Dirceu, disparado o alvo preferencial de Abin, GSI e congêneres. Dirceu está sempre em reuniões fechadas, reservadíssimas. Toma todos os cuidados para que sua privacidade não seja invadida. E tem ativa interlocução com o estrangeiro. Não bastasse dar mais trabalho para o pessoal da espionagem, José Dirceu é maroto e provocador. Volta e meia pergunta no telefone: “tem alguém gravando aí?”. Irrita os agentes com o deboche. Na falta de Lula, Dirceu faz a festa.

Lula quer chegar logo às prateleiras. O petista tem pressionado o amigo Fernando Morais a concluir o livro que está escrevendo sobre sua trajetória política. A obra cobrirá desde os tempos de sindicalismo à prisão do ex-presidente, em 2018. Previsto originalmente para dezembro, o lançamento foi adiado para depois do Carnaval. No entanto, para que o novo prazo seja cumprido, Morais terá de entregar os originais à editora até meados deste mês. Para se dedicar exclusivamente ao livro, o escritor afastou-se temporariamente do dia a dia de seu próprio blog, “Nocaute”. Morais acompanhou Lula nos poucos eventos políticos comandados pelo ex-presidente desde a sua libertação. É assunto para o segundo dos quatro tomos que pretende lançar.

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