Louis Dreyfus tritura suas usinas no Brasil

  • 22/09/2015
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O clima na Louis Dreyfus Commodities (LDC) é de vai ou racha. Os franceses estão embalando um pacote de medidas no que deverá ser a última tentativa de debelar os seguidos prejuízos da Biosev, sua operação sucroalcooleira no Brasil. Nas próximas semanas, a companhia deverá desativar duas usinas de açúcar e álcool nas cidades de Pedra de Fogo (PB) e Arez (RN), encerrando de vez as atividades no Nordeste. Também estaria em pauta o fechamento de mais duas das cinco unidades ainda em funcionamento em São Paulo – no ano passado, os franceses paralisaram a produção nas cidades de Jardinópolis e São Carlos. Formalmente, a Biosev nega o fechamento das refinarias. Há muito que a LDC já gostaria de estar longe desses canaviais. Nos últimos três anos, o grupo fez duas tentativas de vender seus ativos de açúcar e álcool no Brasil, mas as propostas apresentadas não chegaram nem perto do valor pedido. Os franceses já investiram R$ 2 bilhões na operação, mas só colhem prejuízos: mais de R$ 3 bilhões nos últimos seis anos. A maior praga no balanço é a dívida de curto prazo de R$ 3 bilhões, para um patrimônio líquido inferior a R$ 500 milhões. E assim a LDC segue na rotina de triturar cana e esmagar o social: a cada usina fechada, lá se vão 300 ou 400 postos de trabalho.

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