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A Light prepara um plano emergencial de desmobilização de ativos, notadamente na área de geração, para fazer frente a sua delicada situação financeira. Segundo o RR apurou, a proposta deverá ser submetida ao Conselho de Administração na reunião prevista para a próxima semana. A companhia pretende se desfazer da sua participação na Renova Energia, maior geradora de fontes renováveis do país, e na usina de Belo Monte . Também seriam colocadas à venda cinco usinas hidrelétricas no Rio e em São Paulo, com capacidade total de 855 MW. Segundo o RR apurou, a empresa espera arrecadar algo em torno de R$ 3 bilhões com a alienação dos ativos e, assim, ganhar fôlego para atravessar sua maior crise desde a privatização, há exatos 20 anos. A Light está no meio da tempestade perfeita. A queda no consumo de energia, o avanço da inadimplência, o rombo fiscal de R$ 9 bilhões em Minas Gerais – o que inviabiliza qualquer novo aporte de capital da Cemig, seu controlador – e a escalada do passivo têm formado uma combinação explosiva para a distribuidora fluminense. Nos últimos 12 meses, a relação dívida líquida/Ebitda pulou de 3,7 para 4,3 vezes e a situação tende a se agravar. Segundo o RR apurou, as projeções da própria Light indicam que esse índice vai romper o patamar de cinco para um até o fim do ano. Um dos casos mais delicados – não exatamente pelo montante, mas pelo potencial impacto sobre a própria operação da companhia – é o passivo com Itaipu. Há cerca de dois meses, a Light abriu uma nova rodada de negociações na tentativa de repactuar o pagamento da dívida de US$ 80 milhões referente à compra de energia. No entanto, segundo fontes próximas à empresa, as conversações fracassaram e a geradora exige a imediata quitação dos valores atrasados. A dívida com Itaipu é um fio desencapado que se estende até a Aneel. A presidente da Light, Ana Horta Veloso, solicitou à agência reguladora uma revisão tarifária extraordinária, dois anos antes do previsto. A justificativa da companhia é que ela fez uma série de investimentos adicionais, sobretudo por conta dos Jogos Olímpicos no Rio. No entanto, a direção da Aneel já deixou claro que qualquer discussão está condicionada à quitação dos pagamentos atrasados à Itaipu. Por falar em inadimplência, na outra ponta a Light sofre com o crescente atraso no pagamento das contas de luz. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou em balanço cerca de R$ 50 milhões em provisões para recebíveis de liquidação duvidosa. Ou seja: em apenas três meses, a empresa provisionou mais de 60% do valor lançado ao longo de todo o ano de 2015 (R$ 80 milhões). Procurada pelo RR, a Light não comentou o assunto.
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