Empresa

Lava Jato do Peru ainda respinga em empreiteira da IG4

  • 11/03/2024
    • Share

As negociações conduzidas pela IG4 para a entrada de um novo investidor na empreiteira peruana Aenza têm se arrastado mais do que o previsto. A gestora do ex-GP Paulo Mattos ainda paga o preço pelos malfeitos pregressos da construtora, comprada em 2020. O maior entrave à chegada de um sócio vem da área de compliance, leia-se pendências remanescentes do tempo em que a empresa ainda se chamava Graña y Montero e foi tragada pela versão peruana da Lava Jato.

Somente no último mês de dezembro a Aenza iniciou o pagamento à Procuradoria General del Estado, o equivalente à PGR local, previsto no acordo de colaboração firmado com a Justiça do Peru. Há ainda outro impasse, que se cruza com a punição imposta pelas antigas acusações de corrupção. A Aenza cobra do governo peruano uma indenização da ordem de US$ 28 milhões pelo suposto descumprimento de obrigações contratuais na concessão da Tren Urbano de Lima, da qual a empreiteira tem 75%.

O valor é relativamente pequeno, mas o enrosco é grande. A operadora de trens apresentou ao Ministério dos Transportes do Peru um pedido de arbitragem do contrato. No entanto, o governo alega que o acordo de colaboração assinado com a Justiça impede a Aenza e suas controladas de moverem processos dessa natureza contra o Estado. Procurada, a IG4 não quis se manifestar.

#Aenza #IG4

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.