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Internacional
As atenções dos dirigentes da JBS e da BRF, leia-se Marfrig, estão voltadas, neste momento, para o México. Nos bastidores do setor a informação é que o governo brasileiro – mais precisamente o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o chanceler Mauro Vieira – tem feito gestões junto às autoridades mexicanas para a renovação do regime especial adotado pelo país para a compra de carne de frango. O México suspendeu por um ano as tarifas de importação do produto para os países que já tinham frigoríficos habilitados pelas autoridades sanitárias locais. A princípio, a isenção expira no fim de maio. O Brasil tem sido o maior beneficiado pela medida. No ano passado, as exportações de frango para o mercado mexicano totalizaram 140 mil toneladas, 35% a mais do que em 2021.
JBS e BRF são, disparadamente, as duas empresas mais favorecidas pelo abate tarifário mexicano: a dupla responde por mais de 70% da produção avícola brasileira. A empresa dos irmãos Batista se encontra em uma posição ainda mais privilegiada, dado o seu volume de exportações e sua notória força no tabuleiro das grandes negociações internacionais na cadeia da proteína.
Um fator aumenta a probabilidade do governo do presidente Manuel Lopez Obrador renovar o regime especial: o México está entre os dez países latino-americanos que registraram casos de gripe aviária entre animais domésticos, o que levou ao abate e descarte de milhares de aves. A crise fitossanitária aumenta a necessidade de importações. Ressalte-se que mais de 20% da carne de frango consumidas no México são importados.
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