Política

Há horas em que silêncio das Forças Armadas não faz bem ao Brasil

  • 9/01/2023
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Depois da exoneração dos três comandantes militares por discordarem da linha golpista que o então presidente da República vinha impondo às Forças Armadas. Depois da enxurrada de tuítes sempre ameaçadores do até mais respeitado oficial do Exército, general Villas Bôas. Depois dos vários comunicados do Ministério da Defesa, liderado pelo general Braga Netto, solitariamente ou compartilhados com os três comandantes das Forças Armadas, ameaçando a independência dos Poderes.  Depois do episódio inaceitável de acobertamento de ativistas guerrilheiros em acampamentos nas áreas controladas pelo Exército Brasileiro, que simplesmente se recusa a permitir o ingresso das Forças Civis de dissuassão. É mais que chegada a hora dos novos comandantes dos estamentos militares se pronunciarem firmemente em prol da democracia, garantindo o fim da baderna que se tornou Brasília. Há quem diga que uma das principais funções das Forças Armadas é ficar calada. De acordo. O silêncio é uma garantia de que não ocorrerá nenhuma insinuação a uma intervenção militar, ainda que tacitamente, na política e no cumprimento da Constituição. Mas quem sabe faz a hora.
No momento é necessário o pronunciamento dos oficiais generais até porque há envolvimento direto dos militares com o apoio aos terroristas assentados em área sob seu controle. O comunicado deveria garantir o apoio às Forças de Segurança contra as tentativas golpistas de criar um ambiente favorável a um estado de sítio. É hora do ministro da Defesa, José Mucio Monteiro; do comandante do Exército, general Julio César Arruda;  do comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen; e do comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro Kanitz Damasceno, demonstrarem seu apoio incondicional ao comandante em chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, e a firme disposição de dar suporte a qualquer iniciativa para acabar com o vandalismo que assola Brasília, com a omissão, inclusive, das Forças de Segurança, papelão institucional que não pode ser aceito em nenhuma circunstância. Acabou a era da interferência do Jair Bolsonaro junto ao “seu Exército”. É preciso que isso se torne explícito. O Comandante em chefe é o Lula, e ponto final.

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