Governo Temer lança uma agenda nuclear em meio a crise

  • 12/06/2017
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O Palácio do Planalto está reabrindo uma questão tão estratégica quanto diversionista. Segundo informações do boletim Insight Prospectiva, que circula com exclusividade entre assinantes, há discussões ainda embrionárias no governo para que o Brasil deixe o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, assinado por FHC em 1998. O primeiro aceno neste sentido foi dado com a recente entrevista do ministro do GSI, Sergio Etchegoyen, com críticas à participação do país no acordo.

O comandante do Exército, general Villas Bôas, teria, inclusive, abordado o assunto, por uma questão de mesura, em conversa reservada com o próprio Fernando Henrique, durante sua recente palestra no Instituto FHC. O maior clamor pela saída do Brasil do Tratado vem exatamente da área de Defesa. O argumento é que o país abriu mão de um quesito fundamental para a segurança nacional ao passo que nações instáveis dominam a tecnologia de produção de armas atômicas, casos de Irã e Coreia do Norte.

Procurados pelo RR, o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa não se pronunciaram. Os signatários do Tratado estão impedidos de desenvolver tecnologia nuclear com fins armamentistas. Ao menos em tese. Estados Unidos, Rússia (então União Soviética), Inglaterra, França e China, que já tinham avançados programas na área, tiveram permissão para tocar seus projetos. Além de questões relacionadas à Defesa, o entendimento é que a permanência no Tratado é um fator de atrofia para o país no campo da inovação. As amarras impostas pelo pacto inibem avanços em áreas como energia ou na medicina.

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