Regulação
Fundos de pensão costeiam o alambrado de um perigoso terreno
O lobby dos fundos de pensão por mudanças na regra dos FIPs (Fundos de Participação) – conforme informou o Valor Econômico na edição de ontem – causa calafrios no mercado. Não pela reivindicação das fundações, absolutamente pertinente: as entidades de previdência privada pedem que o administrador do FIP e não os gestores do fundo de pensão, no caso o cotista, seja responsabilizado por eventuais irregularidades. O risco é que a alteração da regra abra a porteira para o uso dos fundos de pensão, notadamente de estatais, como financiadores de projetos, no mínimo, questionáveis. Apenas a título de exemplo: foi por meio de um fundo de participações que Previ, Petros e Funcef incineraram R$ 3 bilhões na malfadada Sete Brasil. Não por acaso, nos anos seguintes, os três fundos de pensão praticamente zeraram suas posições em FIPs.
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