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A disputa pela maior operação de lítio do Brasil tornou-se uma corrida entre Estados soberanos. Segundo o RR apurou, o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA), fundo do emirado árabe, entrou no páreo para comprar os ativos da canadense Sigma Lithium no país. As conversas são conduzidas pelo Bank of America. O principal concorrente é a Public Investment Fund (PIF), companhia de investimentos do governo da Arábia Saudita.
O que está em jogo é o controle sobre reservas de lítio avaliadas em mais de US$ 5 bilhões, a valor presente. São aproximadamente 110 milhões de toneladas somadas nas jazidas de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha (MG). Procurada pelo RR, a Sigma Lithium não retornou.
Arábia Saudita e o emirado de Abu Dhabi duelam pela garantia de fornecimento de lítio pelos próximos 13 anos, vida útil estimada das reservas da Sigma Lithium em Minas Gerais. Em ambos os casos, o Brasil seria uma peça valiosa dentro de uma grande engrenagem geoeconômica. Os dois países árabes têm feito movimentos para montar posições estratégicas no setor. A Ma’aden, maior mineradora da Arábia Saudita e controlada pelo PIF, está trabalhando em um projeto para a extração de lítio do mar, no Golfo Pérsico.
O ADIA, por sua vez, mantém negociações com a chinesa Sunrise New Energy e a sul-coreana LG Energy para uma parceria voltada à produção de baterias a base do mineral, equipamento fundamental para a fabricação de veículos elétricos.
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