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Fundadores da Tok & Stok buscam apoio de credores para retomar controle da empresa

  • 24/10/2024
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Quem vai ficar com a Tok & Stok? Em tese, a resposta óbvia seria a Mobly, que, em agosto, anunciou um acordo com a empresa – uma aquisição em pele de fusão. No entanto, o momento da rede de móveis e artigos de decoração pode ser tudo, menos óbvio. O casal Regis e Ghislaine Dubrule – fundadores e acionistas da Tok & Stok, com 40% – se movimenta em diversas frentes para brecar a operação.

Ambos entraram na Justiça na tentativa de suspender o negócio. Paralelamente, segundo o RR apurou, têm procurado bancos credores em busca de apoio para recomprar o controle da companhia, em poder do Carlyle. Os Dubrule estimam que aproximadamente R$ 70 milhões já seriam suficientes para comprar os 60% nas mãos dos norte-americanos. A cifra se baseia no próprio valuation da Tok & Stok usado como referência no M&A com a Mobly – em torno de R$ 110 milhões.

Procurado, o Carlyle não se pronunciou. O RR tentou contato com a Tok & Stok, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Regis e Ghislaine, ressalte-se, já vinham em tratativas com as instituições financeiras para levantar recursos e fazer um aumento de capital na Tok & Stok, de forma a recuperar uma posição majoritária na empresa. O que se diz é que havia até um acordo engatilhado com o Carlyle, por meio da SPX Capital, responsável pela gestão dos ativos dos norte-americanos no Brasil. Não teria passado de um blefe. Em conversas reservadas, o casal acusa o Carlyle de ter simulado as tratativas para ganhar tempo até fechar o acordo com a Mobly.

A disputa relacionada à venda da Tok & Stok é o ápice, ao menos até o momento, da relação hostil entre o Carlyle e os Dubrule, sócios que se tornaram inimigos. No ano passado, em meio à grave crise financeira da rede varejista, os norte-americanos convidaram Ghislaine Dubrule a reassumir a presidência da companhia.

Após fazer todo o “trabalho sujo” – quase R$ 400 milhões em dívidas renegociadas com os bancos, 17 lojas fechadas e centenas de demissões -, a empresária foi “desconvidada” e destituída do cargo.

Estava escrito nas estrelas – e no RR que a história acabaria nos tribunais. Os Dubrule, no entanto, perderam a primeira batalha. Em setembro, a CVM indeferiu o pedido de Regis e Ghislaine para suspender a assembleia de acionistas da Mobly, companhia aberta, convocada para discutir a compra da Tok & Stok.

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