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E assim o Figueiredo vai sumindo dos copos da Nadir

  • 27/05/2024
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Nos corredores da Nadir (antiga Nadir Figueiredo), a leitura é que a recente migração de Patrício Figueiredo da cadeira de CEO para um assento no Conselho de Administração foi apenas um rito de passagem. A norte-americana HIG Capital, controladora da empresa, estaria preparando o terreno para a posterior saída do executivo também do board, um movimento que teria uma forte carga simbólica. Pode ser, pode não ser. Mas a presença de Figueiredo é o último vínculo entra uma das maiores fabricantes de copos e utensílios domésticos da América Latina com a família fundadora – a companhia foi vendida para os norte-americanos em 2019.
Sob certo aspecto, esse desenlace funcionaria como uma mensagem ao mercado de uma virada de chave para valer na gestão da Nadir, visando o futuro IPO – a HIG já manifestou a intenção de abrir, ou melhor, reabrir o capital da empresa, fechado em 2020. A própria saída de Patrício Figueiredo do cargo de CEO é uma sinalização nessa direção. Pela primeira vez em 112 anos de história, a presidência passou às mãos de um forasteiro, ou seja, de um executivo de fora do clã – no caso, Denis Peres. Ao que tudo indica, trata-se de um lento fade out. O sobrenome Figueiredo já foi suprimido da mais do que centenária marca da empresa. O último passo seria desaparecer da administração.

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