Doria é o astro do filme “o estadista da pandemia”

  • 11/05/2021
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O RR apurou que João Doria pretende produzir uma série documental em um plataforma de streaming sobre a guerra travada para a imunização em São Paulo. Ou seja: seguiria na esteira do sucesso “A Corrida das Vacinas”, em cartaz na Globoplay. De acordo com a mesma fonte, Doria já teria até um nome para a obra: “O estadista da pandemia”. O governador estuda ainda a edição de um livro, contando com a sua narrativa o que foi o épico da vacinação contra a Covid-19. O objetivo de Doria é marcar sua imagem como a do verdadeiro “anti-bolsonaro”. Na prática, será uma antecipação do horário eleitoral de 2022. O governador acredita que o melhor instrumento de disseminação da sua competência como gestor é o seu desempenho na administração na pandemia.

João Doria pode ter vários defeitos em função da sua trajetória de empresário controverso, à frente do Grupo Lide. É classificado por seus adversários como um político oportunista, além de ter uma personalidade afetada, que o faz ser chamado de “almofadinha”, inclusive por pessoas próximas a ele. Mas o “segundo presidente do Brasil”– São Paulo é o maior país dentro da República – tem desempenhado um papel de indiscutível relevância na pandemia. Nenhuma outra autoridade de governo teve uma performance tão dignificante quanto espetaculosa na gestão da Covid-19. Esse segundo atributo de Doria já era conhecido. O primeiro é que se constitui em uma grande novidade. Desde o início da pandemia, ele tem ido permanentemente às mídias dar explicações sobre as medidas adotadas no estado, sempre ladeado pelos integrantes do comitê de contenção do coronavírus de São Paulo. Ou seja: tudo o que Bolsonaro não fez.

Por mais “doriocêntrico” que o material venha a ser, o governador de São Paulo tem o que contar. João Doria foi, desde o início da pandemia, um dos governadores que mais defendeu de forma contundente as medidas de isolamento social e de fechamento de atividades não essenciais, com várias fases ao longo desse período – o decreto da quarentena já soma 21 renovações. Antes mesmo do primeiro caso comprovado de Covid-19 no Brasil, o governador criou um Plano de Combate ao Coronavírus, já em janeiro de 2020.
Doria intensificou as negociações com a China e fechou o primeiro contrato para a compra de 46 milhões da CoronaVac em 30 de setembro de 2020. Três dias depois, toda a documentação técnica referente à vacina já estava em poder da Anvisa, que deu o aval para o produto em janeiro de 2021. Até o momento, o Instituto Butantan já disponibilizou mais de 41,4 milhões de doses da CoronaVac para o Ministério da Saúde. Até agosto, serão 100 milhões de doses. Além disso, o Butantan já protocolou junto à Anvisa autorização para testar a primeira vacina contra a Covid-19 desenvolvida no Brasil.

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