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O roteiro original não era esse. No script previsto, com Lula postado ao seu lado, já empossado no Gabinete Civil da Presidência, Dilma Rousseff anunciaria uma no cravo e outra na ferradura, ou seja, a inclusão de R$ 80 bilhões nas despesas previstas no orçamento exclusivamente dirigidas ao deslanche da atividade econômica; e a proposição de um leque de reformas estruturais (previdência, federativa, tributária, política) com prazo de envio firme dos projetos ao Congresso. Essa última medida, entraria na conta da campanha do Lula 2018, levando a mensagem de um Brasil repaginado e moderno. Com a cassação da posse no ministério, a estratégia ficou manca. Isolada, no seu tradicional deserto de agendas positivas, Dilma esqueceu as reformas e qualquer escrúpulo macroeconômico, mandando o superávit primário às favas. Partiu para obtenção dos recursos necessários para aquecer a economia no orçamento e nas suas franjas. Para não variar jamais, agiu de forma equivocada. A trapalhada começa com Nelson Barbosa a quem é incumbida a tarefa de caçar os recursos. Barbosa faz todo o estardalhaço a que tem direito, permitindo que a mídia transformasse o que deveria ser apresentado como um programa de recuperação econômica em uma grave irresponsabilidade fiscal. Agora, se Dilma ousar anunciá-las, ao invés de um agrado à Nação estará coonestando um crime fiscal de lesa-pátria. Em síntese, transformou o banquete em jejum. Resta saber se Lula assumirá ou se, mesmo como assessor especial, desempenhará funções parecidas. Caberá a ele reverter o jejum em banquete. Afinal, não há habilidade política que dê jeito em expectativas permanentes de um futuro pior. Lula vai ter de dar credibilidade à agenda de reformas e o porvir das contas fiscais. Na presidente, ninguém acredita.
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