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No mercado de venture capital, há o entendimento de que a plataforma de entregas Daki fez um movimento com uma razoável dose de risco ao firmar uma parceria com o iFood. Na prática, o negócio parece ser bom para ambas as partes. O iFood, que desativou seu sistema próprio de entregas ultrarrápidas no início deste ano, passou a oferecer o serviço por meio da plataforma da Daki.
Esta última, por sua vez, encontrou na aliança uma forma de ganhar escala e aumentar o número de clientes. A questão é que o iFood tem fama no setor de ser parceiro apenas de si mesmo. A empresa é vista como um triturador de concorrentes, vide a saída do Uber Eats no Brasil.
Investidores de venture capital enxergam a possibilidade de o iFood se aproveitar do acordo para impor condições restritivas, minar a posição da Daki e, eventualmente, até mesmo dar o bote sobre a “parceira”. A ver. Do lado da startup brasileira, talvez seja um risco calculado de quem não tem muita margem de manobra neste momento.
A Daki perdeu o status de unicórnio, freou sua expansão para outras cidades do país, basicamente limitando-se à Grande São Paulo e Belo Horizonte, redesenhou sua estrutura de dark stores e promoveu demissões.
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