CVM é uma pedra no caminho da Blue Tree

  • 2/10/2015
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 A CVM jogou um balde de água fria nas pretensões de Chieko Aoki de inaugurar seu primeiro hotel no Rio de Janeiro antes dos Jogos Olímpicos. Na última terça-feira, dia 22, a autarquia determinou a suspensão da oferta pública de distribuição de contratos de investimento coletivo do Blue Tree Premium Design Hotel, localizado no Recreio, Zona Oeste da cidade. A venda das cotas está a cargo da construtora Calper, dona do imóvel. A CVM brecou a operação após identificar irregularidades na distribuição dos títulos e no prospecto de divulgação. A Calper tem até 30 dias para remontar a oferta e adequá-la à exigências do órgão regulador. Caso contrário, ela será cancelada em definitivo. Procurada, a CVM confirmou a suspensão da operação e informou já ter notificado a Calper, por meio do ofício nº 168/2015. Já a Blue Tree afirmou que a condução do processo “está a cargo dos incorporadores”.  Esta é a segunda vez em menos de seis meses que a CVM atravessa o caminho de Chieko Aoki. Em maio deste ano, em uma operação similar, a autarquia suspendeu a oferta de cotas do Blue Tree Valinhos, no interior de São Paulo – ver edição de 5 de maio. O novo imbróglio coloca um ponto de interrogação sobre um dos principais projetos do grupo. A parceria com a Calper é a grande aposta da Blue Tree para fincar sua bandeira no Rio. Pelo cronograma original, o hotel seria inaugurado em janeiro, o que permitiria a venda de pacotes para a Olimpíada com folga. Agora, este planejamento depende da Calper e, em última instância, da própria CVM. Se não atender às exigências da autarquia, a construtora será obrigada a devolver o dinheiro dos investidores que já compraram cotas do imóvel, refazer o project finance do empreendimento e, consequentemente, rever o cronograma de obras e a data de inauguração. Até lá, a pira olímpica já deverá ter se apagado.

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