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O Ministério da Agricultura está prestando um desserviço à cafeicultura brasileira, setor que gera cerca de US$ 5 bilhões por ano em divisas para o país. O problema está na Conab, órgão vinculado à Pasta, que se tornou uma bússola às avessas para o produtor de café por conta dos seguidos equívocos em suas projeções para a safra nacional. A descalibragem nas estimativas do órgão oficial do governo têm confundido o mercado e induzido o cafeicultor a erro no cálculo de seus custos e receitas. Nos últimos cinco anos, as previsões da Conab subestimaram a produção brasileira em mais de 10 milhões de sacas.
Dito assim, pode soar como algo menor, uma vez que esse volume representa aproximadamente 5% da colheita no período. No entanto, a dispersão média de dois milhões de sacas por safra – distância entre as estimativas da estatal e a efetiva produção brasileira – já é mais do que suficiente para distorcer as projeções para o preço final da saca. Este erro provoca um efeito-cascata, jogando por terra o planejamento financeiro dos cafeicultores. Na prática, ao errar para menos, a Conab gera a expectativa de uma escassez do produto e consequentemente de uma alta das cotações que não se consumam. Procurada, a Conab informou que “sempre responde aos questionamentos do setor em relação à metodologia”. A estatal afirma ainda que “o que se entende como erros de projeções, na verdade são revisões de estimativas, ocorrência natural porque as condições climáticas não são controladas.”
Segundo a fonte do RR, um grande produtor nacional de café, a Conab reduziu o número de visitas de pesquisadores às lavouras, aumentando significativamente a margem de erro das estimativas. A estatal nega e garante que “todos os levantamentos são realizados com visitas in loco nas propriedades”. O fato é que, segundo a mesma fonte, os maiores produtores brasileiros e as tradings de café têm sido obrigados a recorrer cada vez mais a consultorias privadas devido às distorções nas estatísticas oficiais.
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