Energia

Compra de energia da Venezuela sofre blecaute

  • 22/03/2024
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O governo Lula e, mais especificamente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, têm um abacaxi elétrico para descascar. A estatal venezuelana Corpoelec fez chegar a Silveira e seus assessores que está com dificuldades operacionais para cumprir o contrato de venda de energia firmado com o governo brasileiro no fim do ano passado. Por dificuldades operacionais entenda-se falta de “mercadoria” para entregar.

A estatal venezuelana não tem conseguido gerar nem mesmo o mínimo de 13 mil KW necessário para abastecer o território da Venezuela. Na semana passada, dos 24 estados venezuelanos, 23 tiveram apagões. Segundo as informações que chegam ao Ministério de Minas e Energia, as três maiores usinas hidrelétricas do país vizinho estão com severos problemas de manutenção, notadamente a maior e mais estratégica delas, a de Guri, conectada a Roraima por uma linha de transmissão de 676 km.

Trata-se de uma agenda com potencial de gerar certo desgaste para o governo Lula. Assim que assumiu a Presidência, em 2019, Jair Bolsonaro suspendeu o contrato de compra de energia da Venezuela que vigorava desde 2001. Logo no primeiro ano de seu terceiro mandato, Lula religou o acordo. Não sem justificativas. Roraima, que não está interligada ao Sistema Nacional, sofre com seguidos blecautes e precisa de uma fonte extraordinária de fornecimento de energia. Só que a Venezuela não está conseguindo acender nem suas próprias lâmpadas, quiçá as do país ao lado.

#Alexandre Silveira #Lula #Ministério de Minas e Energia

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