Política

Centrão quer arrancar Sudene da cota do PSB

  • 1/08/2023
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A Caixa Econômica é hoje a peça mais importante no xadrez que Lula está jogando com o Centrão. São muitas variáveis em jogo, a começar pela notória preferência do Palácio do Planalto em nomear uma mulher para o lugar de Rita Serrano – nesse caso, o nome mais cotado é o de Margarete Coelho, que conta com a confiança de Arthur Lira. Diante desse desenho, o próprio PP já busca um Plano B para Nelson Antonio de Souza, inicialmente indicado pelo partido para a presidência da CEF. A alternativa colocada sobre a mesa é a nomeação de Souza para o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Trata-se, sim, de um downgrade – mesmo porque não há tantas cadeiras no governo tão valiosas quanto a presidência da Caixa, mais cobiçada do que muitos ministérios. Ainda assim, a Sudene tem sua relevância política, a começar pela ingerência sobre o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), dono de um orçamento de R$ 34 bilhões para este ano. Além disso, Nelson de Souza tem uma notória ligação com a região: já foi presidente do Banco do Nordeste. Tudo muito, tudo muito bem, mas o Plano B negociado pelo PP tem uma contraindicação. A eventual nomeação de Nelson de Souza para a Sudene significaria a saída de Danilo Cabral, que assumiu a chefia do órgão há menos de dois meses. Cabral foi indicado pelo PSB, partido de Geraldo Alckmin e importante aliado do PT no Nordeste.  

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