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Ainda que por um motivo nada desejável, a indústria brasileira do café tinha tudo para ser um raro setor da economia beneficiado pelo coronavírus. No entanto, os produtores nacionais correm o risco de perder milhões de dólares devido à bactéria do Custo Brasil e das limitações logísticas do país. Os agricultores já projetam para os próximos meses um repique na demanda pelo produto, notadamente da Europa.
O impulso virá das mudanças de hábito dos consumidores impostas pela disseminação da doença. A tendência é que as pessoas passem a evitar cada vez mais locais públicos e permaneçam um tempo maior em casa – na Itália, por exemplo, 16 milhões de pessoas estão proibidas de saírem de suas cidades. Há uma curiosa racionalidade técnica: estatísticas mostram que, no preparo doméstico de um cafezinho, o consumidor esbanja, em média, 20% a mais do que a quantidade necessária de pó. Algo que não ocorre em estabelecimentos comerciais, que, em sua maioria, utilizam cápsulas com a dosagem certa.
Ocorre que os próprios cafeicultores nacionais temem não ter como atender a esse aumento da demanda fora da curva por conta do custo do frete e da falta de contêineres. O Brasil utiliza por ano cerca de 110 mil dessas unidades de armazenamento, mas os transportadores não estão conseguindo contratá-las tanto interna quanto externamente. O país depende excessivamente da chegada de contêineres do exterior. Milhares deles estão parados em terminais chineses e norte-americanos, impedidos de sair de lá por conta da interrupção das atividades operacionais em diversos portos.
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