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Brookfield espreita a porta de saída na VLI
A Brookfield sai ou fica? Essa é a pergunta que vem sendo feita pelos próprios sócios do conglomerado canadense na VLI – Vale, BNDES, Mitsui e, em última linha, o governo, representado no capital pelo FI-FGTS. A Brookfield tem se movido como um pêndulo na holding de concessões ferroviárias e portuárias. Em abril deste ano, comprou 10% pertencentes à Mitsui, tornando-se o maior acionista da VLI, com 36,5%. Tudo levava a crer se tratar de uma decisão estratégica pautada por uma visão de longo prazo em relação ao negócio. De lá para cá, no entanto, os canadenses passaram a se mexer na direção contrária. Segundo informações que circulam dentro da VLI, a Brookfield vem conversando com fundos de investimento sobre a possível venda da sua participação na empresa. No setor, o Pátria Investimentos é apontado como um dos interessados. A iminente renovação antecipada do contrato de concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) pode ser a peça que falta para a saída dos canadenses. Procurada, a Brookfield não quis se pronunciar.
A garantia de mais 30 anos à frente da FCA surge como um anabolizante do valuation da VLI e, consequentemente, da fatia societária nas mãos da Brookfield. Em abril, o grupo pagou aproximadamente R$ 2 bilhões pelos 10% até então pertencentes à Mitsui – basicamente, a referência foi o valor da VLI marcado no balanço do FI-FGTS, dono de 15,9% da companhia. Ou seja: os 100% da holding de logística foram avaliados em R$ 20 bilhões. No mercado, no entanto, há estimativas de que essa cifra possa chegar a R$ 30 bilhões com a renovação da concessão da FCA. Com base nesse montante, a Brookfield poderia amealhar algo em torno de R$ 11 bilhões com a venda de sua participação de 36,5%.
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