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Brasil entra no mapa da Petronas na transição energética

  • 4/10/2023
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A Petronas, estatal de petróleo e gás da Malásia, prepara sua entrada no setor de geração renovável no Brasil. O RR apurou que os asiáticos estão se movimentando no mercado para comprar ativos em transição energética no país, notadamente usinas eólicas e solares. Segundo a mesma fonte, o alvo prioritário é a Ibitu Energia, controlada pelo fundo norte-americano Castlelake.

À venda há mais de um ano, a empresa está avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão. Seu portfólio soma quase 1,5 MW de capacidade: são três usinas solares, cinco eólicas e duas hidrelétricas em operação, além de três projetos em desenvolvimento no Nordeste. A Ibitu, ressalte-se, não está sozinha na alça de mira da Petrobras.

De acordo com as informações apuradas, o grupo malaio mantém uma segunda frente de conversas, com a Enel, que colocou à venda um pacote de geradoras eólicas e solares. Consultados pelo RR, Petronas e Castlelake não se manifestaram até o fechamento desta matéria. A Enel, por sua vez, disse que “não comenta rumores”.

Grandes petroleiras internacionais começam a disputar uma corrida por ativos em energia limpa no Brasil. Um dos movimentos mais recentes foi protagonizado pela norueguesa Equinor, com a aquisição da Rio Energy por R$ 3,5 bilhões. No caso da Petronas, conglomerado que fatura quase US$ 90 bilhões ao ano, o Brasil está prestes a entrar em um mapa que já tem Ásia e Austrália.

Até o momento estas são as regiões em que o grupo malaio tem concentrado maior volume de investimentos para a descarbonização da sua matriz energética. Os projetos são conduzidos pela Gentari, o braço de geração renovável da petroleira. Entre outros investimentos, a empresa está desembolsando mais de US$ 1 bilhão para gerar 8 GW em energia limpa na Austrália até 2030. Em fevereiro deste ano, gastou outro tanto para a aquisição das usinas de energia solar da alemã Wirsol Energy em território australiano.

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