Brasil e Índia encerram longo impasse genético

  • 4/02/2022
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está perto de equacionar um imbróglio bilateral no agronegócio que se arrasta há mais uma década. Tereza e sua equipe acertam os últimos detalhes com autoridades da Índia para a liberação de exatos 3.659 embriões bovinos pertencentes a pecuaristas brasileiros que estão retidos naquele país desde 2012. O Directorate General of Foreign Trade  (DGFT), agência do Ministério do Comércio e da Indústria indiano, já deu o sinal verde para a exportação do material ao Brasil.

Será um ponto final no impasse que cerca um dos maiores projetos já realizados para o melhoramento genético do rebanho brasileiro. Em 1998, um grupo de grandes produtores de gado nelore, gir e guzerá comprou uma fazenda na Índia onde foi montado um centro de desenvolvimento de embriões. À época, os dois países discutiam um acordo para regular o comércio de biogenéticos. No entanto, dos cinco mil embriões, apenas duas mil amostras chegaram aos pecuaristas brasileiros, em 2009 – os descendentes, diga-se, de passagem já estão em sua sexta geração.

Pouco depois as autoridades indianas travaram o envio do material por questões de ordem sanitária e religiosa. As negociações com o governo da Índia se arrastavam desde 2012. Nesse período, seis ministros passaram pela Pasta da Agricultura sem qualquer avanço significativo nas tratativas. Em contato com o RR, o Ministério da Agricultura confirmou que “recebeu relato do Ministério das Relações Exteriores de que o DGFT concedeu autorização para a exportação do material”. A Pasta informou ainda que “para concluir a venda, são necessários, agora, requerimento do exportador ao DGFT e emissão do Certificado Sanitário, requisitos normais para qualquer exportação agropecuária” A expectativa é que “o envio do lote ao Brasil possa ocorrer nas próximas semanas”.

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