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Mais uma da série “As voltas que o mundo dá”. Há pouco mais de três anos, Benjamin Steinbruch recusou propostas na casa dos US$ 70 milhões pela Metalic, fabricante de embalagens de aço. Dizia, à época, que por menos de US$ 100 milhões sequer se sentava para conversar. Pois hoje, a mesma CSN tenta, sem sucesso, se desfazer da controlada em bases bem mais modestas. A pedida estaria na casa dos US$ 50 milhões. Ninguém paga. Recentemente, segundo o RR apurou, a Metalic teria sido oferecida à Crown Embalagens, que, no passado recente, demonstrou interesse pelo ativo. Agora, no entanto, quem não tem pressa é a joint venture entre a norte-americana Crown Holdings e a gaúcha Évora. O tempo joga a seu favor. A fusão mundial entre a britânica Rexam e a norte-americana Ball praticamente tirou de circulação dois candidatos ao negócio. Com 75% das vendas de latas no país, dificilmente a nova empresa conseguiria aprovar qualquer aquisição junto aos órgãos de defesa da concorrência. Entre as grandes, portanto, sobrou a Crown, vice-líder do setor, com 12% de participação. No setor, a aposta geral é que ela fica com a Metalic, mas vai deixar para comer esse prato bem frio. A Metalic é um grânulo no universo da CSN. Seu faturamento, em torno de R$ 300 milhões ao ano, não chega sequer a 2% da receita total do grupo. A empresa responde por apenas 4% das latas consumidas pela indústria brasileira de bebidas. Praticamente toda a sua produção está indexada a um único cliente: Tasso Jereissati. Por essas e outras é que, na própria CSN, já há algum tempo a manutenção da Metalic é vista como um capricho de Benjamin Steinbruch. A teimosia, ao que parece, é página virada. A venda da empresa tiraria da frente um negócio pouco rentável, fora do foco estratégico da siderúrgica e com reduzida escala. Não é hora de a CSN se dispersar com latas vazias
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