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O governo discute a venda da BB Tecnologia e Serviços (BBTS), mais conhecida por seu nome de batismo: Cobra Computadores. A privatização da subsidiária do Banco do Brasil seria o pontapé inicial em um processo de alienação de estatais de médio porte, que formam uma espécie de segundo grupo da infraestrutura nacional, a exemplo da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O projeto está a cargo da Casa Civil.
Os estudos para a venda da BBTS ainda se encontram em fase de gestação, mas há um ponto pacífico no governo: qualquer que venha a ser o modelo, ele terá de contemplar a garantia de manutenção do contrato com a própria instituição financeira. O BB evitaria, assim, qualquer risco de continuidade na sua plataforma tecnológica; por sua vez, o futuro controlador da empresa teria assegurada a permanência de um cliente âncora, responsável por mais de 80% do faturamento da BBTS. Por um paradoxo, a dependência do BB seria um colchão que daria tempo ao novo dono da empresa de TI para pedalar o negócio, buscar clientes no mercado e justamente reduzir a dependência do banco estatal.
Procurado, o BB informou “que não há estudo no banco para a venda da BBTS.” Está feito o registro. Nos últimos anos, a negociação do braço de tecnologia do Banco do Brasil é um assunto que já foi e voltou no governo algumas vezes. A BBTS está longe de ser um primor em termos de resultado para o grupo. Nos últimos dois anos, deu um retorno médio de apenas 2% sobre o seu faturamento total (próximo de R$ 1 bilhão).
Além disso, desde os tempos da Cobra, a companhia de TI sempre foi terreno fértil para malfeitos. A BBTS não passou incólume à Lava Jato. A subsidiária do Banco do Brasil já foi citada em investigações sobre suposta fraude em licitações e desvio de recursos em contratos com empresas de TI, como a CTIS. Consultado sobre o tema, o BB disse que colabora “com qualquer investigação que envolva fatos relacionados às suas atividades.”
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