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Bancada ruralista e lobby privado duelam pela Pasta da Agricultura

  • 31/10/2018
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O Ministério da Agricultura – dono de um orçamento de R$ 12 bilhões e por onde passam quase 24% do PIB – desponta como uma das esferas de Poder mais disputadas do governo Bolsonaro. A novidade é a entrada na arena da indústria da agrociência, que duela com a bancada ruralista pela indicação do futuro titular da Pasta. Segundo o RR apurou, grandes companhias do setor teriam feito chegar a Bolsonaro os nomes de Laércio Giampani e Rodrigo Santos.

O primeiro deixou a presidência da subsidiária brasileira da Syngenta, uma das maiores fabricantes mundiais de sementes, em julho deste ano. Santos, por sua vez, é o todo poderoso CEO da divisão de CropScience da Bayer-Monsanto na América Latina. De acordo com a fonte do RR, as indicações teriam chegado por intermédio do deputado estadual eleito Frederico D ´Avila (PSL-SP), que durante a campanha serviu de ponte entre o Capitão e empresários e grupos da cadeia do agronegócio.

A eventual escolha de um destes dois nomes seria um sinal de que o governo Bolsonaro pretende dar ênfase à agrotecnologia em suas políticas para a área da Agricultura. Em contrapartida, poderia ser encarada também como uma influência excessiva de grandes multinacionais da cadeia do agronegócio na futura gestão da Pasta. Não custa lembrar que embaixo do Ministério da Agricultura estão a Embrapa e seu cobiçado banco de patentes estimado em mais de US$ 1 bilhão – noves fora seu valor intangível.

Do lado da bancada do agronegócio, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan, que chegou a ser tido como favorito para o cargo, perdeu fôlego. De domingo para cá surgiram à mesa os nomes de Antonio Galvan, vice-presidente da Aprosoja, e do deputado Valdir Colatto (MDB-SC). Por sua vez, a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) intensificou o lobby pela escolha de Luiz Carlos Heinze, eleito para o Senado pelo Rio Grande do Sul.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Agricultura

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