Auxílio emergencial a um passo de virar definitivo

  • 3/03/2021
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Uma das discussões que estão a pleno vapor dentro do Palácio do Planalto e do Ministério da Economia é a transformação do auxílio emergencial em benefício concedido até o fim de 2021 ou mesmo permanente, com valor entre R$ 250 e R$ 300. Segundo o RR apurou, na manhã de ontem auxiliares de Jair Bolsonaro cogitaram a possibilidade de o presidente anunciar a mudança no pronunciamento que faria à nação à noite e acabou cancelado. A Secretaria de Comunicação chegou a discutir se a boa nova deveria ser divulgada de forma isolada ou dentro de um pacote de ações, com o risco de as demais medidas acabarem eclipsando o anúncio do auxílio.

No entanto, Bolsonaro deu tempo ao tempo para a equipe econômica fechar uma série de cálculos, um “joga pra lá, joga pra cá” até que Paulo Guedes e cia. definam o que financia o que e com que limite. O Brasil vive a tempestade perfeita: a pandemia recrudesce em velocidade ainda maior; a economia está quebrada e o país caminha para um quadro de recessão técnica. Essa terrível combinação exige a adoção imediata de medidas de proteção mais agudas, com impacto relevante na área econômica, a exemplo do BEM (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda).

O auxílio permanente poderia sustentar algum crescimento via consumo, repetindo, agora de forma continuada, o que já aconteceu no segundo semestre do ano passado. Além disso, não obstante seu caráter humanitário e essencial, a medida também favoreceria politicamente Jair Bolsonaro. Basta lembrar o aumento dos índices de aprovação do presidente nos meses de pagamento do auxílio emergencial. A velocidade da pandemia quebra a espinha dorsal da PEC Emergencial. O governo provavelmente terá de suprimir diversas medidas restritivas e mesmo do que sobrar do conjunto da obra será difícil aprovar no Congresso nessa circunstância de terror. Em apenas dois dias após seu envio, a MP da privatização da Eletrobras foi objeto de 570 emendas parlamentares.

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