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A direção da Audi no Brasil está controlando a ansiedade com o pé na embreagem. Os executivos da montadora aguardam a posse do futuro governo para bater à porta do novo ministro da Fazenda, na tentativa de resolver uma longa novela tributária. Os alemães alegam ter direito a cerca de R$ 200 milhões em créditos tributários, decorrentes de investimentos feitos no âmbito do chamado Inovar-Auto. A volta do PT ao poder acende uma luzinha de esperança na montadora: o programa foi lançado em 2012, no governo de Dilma Rousseff. Desde então, a Audi já passou por dois presidentes da República – Michel Temer e Jair Bolsonaro – e dois ministros da Economia – Henrique Meirelles e Paulo Guedes – sem conseguir resolver a pendência.
Os alemães, ressalte-se, têm moeda de troca para colocar sobre a mesa. A contrapartida seria o compromisso de retomada para valer da produção de veículos na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, condicionada à recuperação dos créditos tributários. Hoje, a companhia monta dois modelos na unidade a partir de kits trazidos do exterior. Ou seja: zero de componente local. Em conversa com o RR, a Audi confirmou que “as negociações sobre os créditos de IPI com o governo estão em andamento, sem nenhuma conclusão até o momento.” A empresa afirma ainda que “neste momento segue apenas com a produção em SKD dos veículos Audi Q3 e Audi Q3 Sportback 2.0 equipado com a tração integral quattro. “ Segundo a montadora, “não existe previsão neste momento de nenhuma alteração no nosso atual sistema de produção.”
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