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A torção de Neymar também dói no bolso

  • 28/11/2022
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A “holding Neymar” já faz as contas das possíveis perdas financeiras caso o craque não volte a jogar na Copa do Mundo do Catar. As projeções doem tanto no bolso quanto o inchado tornozelo do jogador. Estima-se que o prejuízo possa chegar à casa dos US$ 10 milhões. O cálculo leva em consideração potenciais acordos pós-Copa, que tendem a diminuir consideravelmente com a ausência do jogador da competição. No entanto, a maior parte desse valore se refere a cláusulas de performance individual e de exposição que constam em contratos já em vigor. Um exemplo: alguém acha que foi por desleixo que Neymar se deixou filmar na volta para o segundo tempo da partida contra a Sérvia com o calção abaixado e uma cueca com a marca Puma em letras enormes sendo exibida para o mundo? Detalhe: nesse momento, o jogador não usava a camisa da seleção brasileira, da Nike. Ou seja: durante quase 20 segundos, as câmeras focaram na marca Puma, seu patrocinador oficial, e não na logo do parceiro da CBF.  

A torção de Neymar machuca, por tabela, a miríade de executivos, assessores e marqueteiros que cercam o jogador. A “empresa Neymar” é uma das grandes corporações do business esportivo. Segundo dados da revista Forbes, o jogador ganha por ano cerca de US$ 55 milhões do PSG, entre salários e bônus por metas. Some-se a isso os mais de US$ 32 milhões estimados em contratos de publicidade. A contusão de Neymar é uma comoção nacional, para a torcida brasileira, e internacional, para o seu numeroso staff. Bem, caso o jogador não volte a atuar na Copa, sempre haverá saídas engenhosas para recuperar o brilho perdido. Um exemplo vem de 2018, quando o atacante foi duramente criticado por seu desempenho na Copa da Rússia e pela fama de “cai cai”. A “Neymar Company” fez do limão uma lucrativa limonada. Em um vídeo de um minuto e meio, exibido em horário nobre na TV, na noite de um domingo, 29 de julho, Neymar fez um desabafo falando de suas dificuldades, contusões e lamentando as críticas que recebeu. A catarse não passava de um anúncio publicitário bancado pela Gillette. 

 

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