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O Grupo Pão de Açúcar não está para brindes. Às vésperas do Natal, um dos grandes players do mercado brasileiro de vinhos tem sido obrigado a rever estratégias e tomar decisões que deixam um amargo retrogosto. Segundo uma fonte próxima ao grupo, há cerca de três meses a rede varejista trocado boa parte da equipe responsável pela compra de vinhos. O diagnóstico interno é que a área errou na mão e calibrou mal os pedidos. Com a demanda aquém do estimado, a companhia teria ficado com um excesso de estoques, de acordo com a mesma fonte. Procurado pelo RR, o Pão de Açúcar não se manifestou.
Justiça seja feita, em maior ou menor medida, trata-se de um problema que aflige as redes supermercadistas de uma maneira geral. Em 2020 e 2021, com a pandemia e o confinamento, as vendas de vinhos nos supermercados dispararam – em São Paulo, por exemplo, o aumento beirou os 50% em comparação ao período pré-Covid. Resultado: grandes redes se inebriaram com esses números e entraram em 2022 com os estoques abarrotados. No entanto, com a reabertura dos restaurantes, as vendas recuaram, forçando a queima de estoques por meio de promoções.
Dificuldade pouca é bobagem. Ressalte-se ainda que o repique do dólar, alimentado pelas incertezas econômicas, pegou o varejo no contrapé em um momento fulcral: este é o período em que as redes costumam montar seus estoques para as vendas de Natal. De acordo com a fonte do RR, o Pão de Açúcar e seus concorrentes pisaram no freio, adiando pedidos que seriam fechados nos últimos dias.
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