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Armínio Fraga se preparou durante anos para ser “ministro de alguém” – Aécio Neves e Luciano Huck foram os “mandatários” mais cotados. Hoje, Fraga está apto a escolher o presidente que caiba no seu programa de governo – quem sabe Rodrigo Maia? O financista tornou-se o “empresário conservador modernizante”, segundo a denominação do cientista político René Dreifuss, mais engajado no financiamento à produção de teses e projetos reformistas. Nas áreas de saúde, administração pública, recursos humanos, previdência, tributária, não há um segmento em que Fraga não tenha uma equipe dedicada.
Até certo ponto, lembra o banqueiro Jorge Oscar de Mello Flores, ex-presidente do Chase Manhattan Bank. O Dr. Flores, ao ser consultado se tinha alguma contribuição a dar sobre qualquer assunto de government policy, se dirigia a uma arca francesa encrustada no fundo da nababesca sala em que despachava na sede da Sul América. Dali, em gestos aristocráticos, sacava invariavelmente uma lei prontinha, com farta exposição de motivo. Fraga e o lendário empresário conspirador são antípodas políticos. Mas ambos têm o mesmo fascínio em fazer a máquina andar conforme a sua escolha das engrenagens.
O ex-presidente do BC deu uma grande arejada em relação à fase tucana de caninos expostos. Se descolou de think tanks excessivamente doutrinários, a exemplo da Casa das Garças, e criou seu próprio grupo de trabalho. Tem como interlocutores Monica De Bolle, Paulo Tafner, Eduarda La Rocque, uma turma mais flexível, cosmopolita, preocupada com distribuição de renda, produtividade e educação. Mesmo o onisciente Paulo Guedes tem batido a sua porta para servir-se de um “paper” prontinho. A filantropia de Fraga chama a atenção pela suavidade do seu exercício. Até mesmo o marketing pessoal do banqueiro é pouco notado nessa sua fase. Mas o realmente novo é a diluição da dicotomia setor público e iniciativa privada no seu discurso. Menos ideologia é a receita. Fraga aceita calçar, numa boa, um Estado tamanho médio
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