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Acervo RR
A International Meal Company (IMC) vai ganhar um jantar de gala do fundo Advent, seu controlador. O prato principal será recheado com a compra de uma cadeia de restaurantes que complemente o portfólio da IMC. A principal aposta dos americanos é a aquisição das subsidiárias da Starbucks e do Outback no país. Esta última pertence ao empresário Peter Rodenbeck, que também era sócio da rede de cafeterias ? na semana passada, a matriz da Starbucks anunciou o fim da sociedade e assumiu integralmente as operações no Brasil. A pretensão do Advent é ter uma participação majoritária nas duas redes. Não é de hoje que o Advent pretende arrematar as duas redes . Faltava um sinal favorável de Rodenbeck, que sempre se mostrou refratário a ideia de ter um sócio de grande envergadura no país. A realidade minou a resistência do empresário devido a necessidade de expandir seus negócios e de buscar funding para suportar tal desembolso. Com relação a Starbucks, as conversas agora são travadas diretamente com a matriz, que ficou sem um parceiro no Brasil. A eventual compra da Starbucks e do Outback colocará a IMC como um dos dez maiores grupos de restaurantes do mundo. Ao mesmo tempo, aumentará em cerca de 15% a carteira de investimentos do Advent, maior gestor de private equity do país, com fundos de US$ 5 bilhões ? é seguido, não tão de perto, pelo BTG Pactual. Para fazer valer as operações, o Advent negocia com os sócios, a frente o canadense British Columbia, dobrar a captação anteriormente prevista de US$ 100 milhões. Entre aportes e financiamento, a IMC terá aproximadamente US$ 500 milhões, valor mais do que suficiente para arrematar as 24 cafeterias da Starbucks e os 25 restaurantes do Outback. A rede da companhia americana chegará a cerca de 200 unidades, incluindo as marcas Viena, Frango Assado, RA Catering e Brunella, entre outras. A decisão de focar em grandes redes internacionais com negócios no Brasil é, de certa forma, uma mudança nos planos da IMC. A estratégia sempre foi crescer aos poucos, comprando ativos locais de médio porte. A pretensão de fisgar a Starbucks e o Outback reforça a ideia de que o Brasil está se transformando em uma base de expansão da IMC na América Latina. O Advent vai usar esse processo de engorda para retomar no ano que vem o projeto de abertura de capital.
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