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Acervo RR
Eles foram concorrentes em um passado recente. Disputaram a compra do resort Costa do Sauípe, na Bahia, que pertence a Previ, mas nenhum dos dois conseguiu fechar o negócio. Decidiram mudar o rumo da prosa e juntar forças para alcançar o objetivo. Guilherme Paulus, ex-dono da CVC e controlador da GJP, e o bilionário espanhol Enrique Baa±uelos, da Veremonte, vão fazer uma oferta pela compra do resort. O acordo somente está sendo possível porque um dos maiores obstáculos a s negociações feitas separadamente com a Previ era a Superclubs, a última operadora hoteleira a sair de Sauípe, em agosto de 2010. A rede jamaicana relutava em deixar o complexo hoteleiro, o que dificultava a mudança no controle da Sauípe S/A. Tanto Paulus quanto Baa±uelos pretendem instalar no empreendimento uma única bandeira hoteleira por acreditar que desta forma haverá redução de custos. Esse ponto ainda não está acordado, mas está na mesa uma proposta de Paulus para que a norte-americana Starwood entre no negócio com a bandeira Sheraton. O ex-dono da CVC planeja transformar a Costa do Sauípe no maior centro de turismo de negócios da América Latina, uma reviravolta na proposta original. O foco do resort desde a sua fundação em 2000 era na hotelaria de lazer de turistas europeus e norte-americanos. Pelo que está sendo negociado, Paulus terá 60% do negócio e o restante ficará com o empresário espanhol, com opção de compra de 10% para dividir o controle futuramente. A GJP ficaria com a operação do resort. O desembolso pela aquisição de 100% das ações da Sauípe S/A deverá chegar a R$ 240 milhões, cerca de 20% a mais do que foi ofertado por Baa±uelos há quatro anos para arrematar o complexo hoteleiro. Procuradas, a Veremonte afirmou que a informação não procede e a GJP declarou que já houve contato com a Veremonte há alguns anos, mas a negociação acabou sem resultados. A dupla escolheu com precisão o momento para fazer nova oferta por Sauípe. O resort deverá fechar, pela primeira vez na história, com lucro em 2012. A receita no ano passado teria ficado próxima dos R$ 150 milhões, contra R$ 123 milhões em 2011. A média de crescimento do faturamento tem sido recentemente de 40% ao ano, acima dos concorrentes no Nordeste. Essa região é a que tem recebido o maior número de empreendimentos desse tipo no país nos últimos dez anos.
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