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Petrobras e White Martins tiram GásLocal da caverna

  • 20/12/2012
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Resultado do cruzamento de dois mastodontes – Petrobras e White Martins, leia-se a norte-americana Praxair – a GásLocal mais tem parecido uma corporação entupida de Stilnox, sonífero de boa cepa. Embora seja a maior comercializadora e distribuidora de gás natural liquefeito (GNL) do país, nos últimos anos a empresa entrou em um inexplicável estado de hibernação, marcado por discordâncias entre os sócios, reduzidos investimentos, tibieza estratégica e até mesmo um eclipse na mídia. Ao que tudo indica, antes tarde do que nunca, Petrobras e White Martins estão dispostas a mudar este cenário. As duas empresas estão discutindo uma série de projetos para dar uma chacoalhada na GásLocal. As medidas incluem a expansão da planta de liquefação de Paulínia (SP) e a construção de uma segunda unidade similar, agora no Nordeste, que atenderá também a s Regiões Norte e Centro-Oeste. A meta é duplicar a capacidade de processamento da empresa, chegando a  marca de 800 mil metros cúbicos por dia. A frota de carretas criogênicas, próprias para o transporte de GNL, também será ampliada. O investimento total deve ficar próximo dos R$ 300 milhões. Procuradas pelo RR, a Petrobras não se pronunciou e a White Martins não retornou o contato. De acordo com fontes da Petrobras, tanto na estatal quanto na White Martins o consenso é de que a GásLocal vive uma espécie de “ou vai ou racha”. A elasticidade das vendas de GNL é inversamente proporcional aos investimentos na distribuição de gás encanado. A própria Petrobras trabalha com a expectativa de que, em até 15 anos, a malha de dutos das concessionárias estaduais atenderá a quase todo o território nacional. Antes disso, a GásLocal terá de se reinventar para não fenecer. Os controladores da empresa entendem que a saída passa inevitavelmente por acordos com as próprias distribuidoras de gás natural. A GásLocal atuaria de forma complementar a s companhias de gás, suprindo grandes clientes, como termelétricas e indústrias. O fator Petrobras pode fazer toda a diferença. Sócia de quase todas as distribuidoras de gás natural do país, a estatal seria o elo para o fechamento das parcerias.

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