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Acervo RR
A Diagnósticos da América (Dasa) e o Fleury estão de volta ao campo de batalha. Os dois grupos travam um acirrado duelo pela compra do controle do laboratório de medicina diagnóstica Salomão Zoppi, pertencente aos médicos Luís Salomão e Paulo Zoppi. O Fleury vem mantendo conversações com os donos da empresa há cerca de quatro meses. No entanto, seu concorrente foi mais rápido no gatilho. A Dasa atravessou as negociações e já teria feito uma oferta pelo Salomão Zoppi no valor aproximado de R$ 65 milhões. Esta cifra mostra o quanto a batalha entre os dois maiores grupos do setor no país se acirrou por conta do número cada vez menor de ativos de peso na prateleira. A proposta equivale a 86% do faturamento do Salomão Zoppi em 2010, em torno de R$ 75 milhões. Há cerca de dois anos, esta proporção dificilmente passava dos 60% sobre a receita. Em julho deste ano, a Dasa já desembolsou o equivalente a 70% do faturamento para ficar com o laboratório Previlab, de Piracicaba (SP). Procurado pelo RR, o Salomão Zoppi garantiu -que não está a venda e, ao contrário, continua investindo em seu crescimento-. A Dasa informou que -não comenta especulações de mercado-. O Fleury, por sua vez, não quis se pronunciar sobre o assunto. Além da estiagem de ativos, outra razão para a inflação dos preços no mercado de laboratórios tem nome e sobrenome: Edson Bueno. O dono da Amil, que se tornou o principal acionista individual da Dasa, chegou ao setor com o sangue quente, disposto a pagar caro para aumentar a rede da empresa, como comprova a recente compra do Previlab. O Salomão Zoppi é uma empresa de médio porte no setor. Tem apenas quatro unidades de atendimento em São Paulo. O que leva Dasa e Fleury a se engalfinharem é o perfil do laboratório, que atende a um público classe A. Outro atrativo são as significativas taxas de crescimento da companhia. Nos últimos dois anos, o faturamento subiu, em média, 20%. Para este ano, a previsão é de um avanço superior a 25%.
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