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Acervo RR
Os chineses estão no centro de mais uma denúncia de dumping no Brasil, desta vez no mercado de utensílios domésticos. A Tramontina, maior fabricante de panelas e talheres do Brasil, montou uma afiada operação de lobby em Brasília com o objetivo de brecar as importações de produtos de aço inox da China. Escoltado por outras empresas do setor – entre elas estaria a Rochedo – , o grupo gaúcho tem feito pressão junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio pelo aumento das alíquotas para a entrada no país de panelas e outros utensílios domésticos provenientes do país asiático. As empresas nacionais alegam que determinados produtos chineses têm chegado ao varejo a preços até 30% inferiores aos praticados pela indústria local. Segundo estas companhias, a conta não fecha e os valores configuram prática de dumping. Na tentativa de erguer uma barricada contra os produtos chineses, a Tramontina e seus pares têm apelado para um discurso que costuma calar fundo no governo. As empresas alegam que a indústria de aço inoxidável brasileira entrará em um inexorável ciclo de demissões, inclusive com o risco de fechamento de fabricantes com menor musculatura, caso as alíquotas de importação não sejam elevadas. O mercado brasileiro tem sido um banquete de mil talheres para os fabricantes chineses. No primeiro trimestre deste ano, as importações de panelas e outros utensílios da China cresceram quase 80%.
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