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Lopes inflama a disputa pela marca Patrimóvel

  • 20/07/2010
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A iminente venda do controle da Patrimóvel para a Lopes Consultoria Imobiliária vai pôr mais combustível em um imbróglio jurídico que se arrasta há quase uma década. Em jogo, uma disputa por territórios e pelo próprio uso do nome Patrimóvel. A Lopes está mobilizando uma tropa de advogados com o objetivo de brigar na Justiça pelo direito sobre a marca em todo o Estado do Rio. O alvo da ação é o seu maior rival no mercado de corretagem imobiliária, a Brasil Brokers, dona da Patrimóvel Niterói. O contencioso remete a 2002, quando os então sócios e hoje ferrenhos desafetos Rubem Vasconcelos e Plínio Serpa Pinto desfizeram a parceria que durava dez anos. Na cizânia, Vasconcelos assumiu o controle da Patrimóvel no Rio de Janeiro, que está sendo negociada para a Lopes. Serpa Pinto, por sua vez, ficou com a Patrimóvel Niterói. Em 2008, vendeu 100% da empresa para a Brasil Brokers e permaneceu apenas na presidência da imobiliária, função que costuma acumular com o figurino de cartola de futebol ? tem diversas passagens pela diretoria do Flamengo. A venda da empresa é exatamente o estopim para a nova contenda. Segundo o RR – Negócios & Finanças apurou, a Lopes entende que o contrato de separação de ativos firmado entre Vasconcelos e Serpa Pinto determina a perda da marca Patrimóvel em caso de venda do controle integral de qualquer uma das duas imobiliárias. Esta seria uma das razões pelas quais o grupo está adquirindo de Vasconcelos apenas 51% das ações da Patrimóvel. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Lopes informou “desconhecer qualquer nova movimentação jurídica” em relação a  Patrimóvel. A Brasil Brokers não se pronunciou até o fechamento desta edição. A Lopes Consultoria Imobiliária mira na femoral de sua maior concorrente. A perda do nome Patrimóvel representaria um duro golpe para a operação da Brasil Brokers no Rio de Janeiro. A Lopes passaria a ter o direito de usar a tradicional marca não apenas em Niterói, mas também na Região dos Lagos e, sobretudo, no Norte Fluminense, que deverá ter um boom imobiliário na esteira do pré-sal. A região, inclusive, já é alvo de uma disputa jurídica entre as duas corretoras. A BR Brokers/ Patrimóvel Niterói alega que Vasconcelos quebrou o pacto de não invasão territorial firmado na cisão entre as duas imobiliárias. Há cerca de três anos, o empresário passou a atuar em Macaé, cidade que, pelo acordo, seria de exclusividade da Patrimóvel Niterói. Vasconcelos garante não ter usado a marca Patrimóvel, mas, sim, uma nova empresa, a Rubem Vasconcelos Imóveis. Aos olhos da BR Brokers, a companhia seria apenas uma cortina de fumaça. Na prática, Vasconcelos estaria usando corretores e instalações da própria Patrimóvel para vender imóveis em Macaé.

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