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Após virar a página da recuperação judicial, a Eucatex deverá bater a porta do mercado em busca de mais munição financeira. As hipóteses para a captação de recursos vão de uma emissão de títulos no exterior ao lançamento de debêntures não conversíveis. O objetivo é fazer frente aos novos planos de expansão. A companhia vai construir uma fábrica de tintas imobiliárias em Pernambuco, orçada em R$ 40 milhões. Pretende também instalar uma nova linha de produção de painéis e pisos de madeira em seu complexo industrial de Botucatu (SP), projeto que deverá passar dos R$ 200 milhões. Ressalte-se que, recentemente, a Eucatex concluiu a implantação de uma unidade de painéis T-HDF/MDF (Thin High Density Fiberboard e Medium Density Fiberboard) na cidade de Salto (SP), na qual investiu mais de R$ 260 milhões. Além da sua importância per si, a captação em mercado terá um valor simbólico para a companhia. Permitirá a Eucatex tirar seu diploma definitivo de empresa “ficha limpa”. Por diploma de “ficha limpa”, entenda-se o primeiro grande teste de uma companhia que enfrentou uma turbulenta recuperação judicial e penou para reconquistar a confiança de acionistas, credores e do mercado em geral. A fabricante de painéis de madeira controlada pela família Maluf repactuou todo o seu passivo. Uma das últimas etapas da renegociação foi o acordo com o Deutsche Bank a dívida de pouco mais de R$ 40 milhões será quitada até 2017. A Eucatex também tem a seu favor a melhoria de seu desempenho financeiro. Entre janeiro e junho deste ano, a empresa registrou um faturamento de R$ 380 milhões, alta de 22% em relação ao primeiro semestre de 2009. O lucro no mesmo período passou de R$ 16 milhões para R$ 22 milhões.
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