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CEG escancara suas portas para a chegada de OAS e Previ

  • 13/05/2010
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A BNDESPar colocou a  venda sua participação na CEG. A decisão é apenas o ponto de partida para uma ampla reestruturação societária na distribuidora. A espanhola Gas Natural, controladora da empresa, está disposta a abrir mão do seu direito de preferência sobre as ações da BNDESPar para atrair um novo sócio. O candidato mais forte é a Invepar, colar de concessões públicas pertencente a OAS e Previ. As conversações com os espanhóis têm sido conduzidas pelo próprio empresário Cesar Mata Pires, dono da construtora baiana. A Gas Natural acena com a possibilidade de assinar um novo acordo de acionistas que permita a entrada da Invepar no bloco de controle da CEG. Tomando-se como base a cotação em Bolsa, a participação da BNDESPar está avaliada em aproximadamente R$ 800 milhões. Com a aquisição, a Invepar passaria a ter 34,5% do capital. A Gas Natural seguiria como maior acionista, com 52%. Do lado da Gas Natural, a chegada de um novo acionista será uma garantia a mais de cumprimento integral do programa de investimentos da CEG, superior a R$ 1,5 bilhão. A subsidiária brasileira do grupo já dá como certo um período de vacas magras no que diz respeito aos aportes vindos da matriz. Na verdade, diante da iminência de uma crise na economia espanhola, a tendência é que a filial tenha de construir um lucroduto até a matriz, aumentando consideravelmente a remessa de lucros. Consequentemente, vai sobrar menos dinheiro para a CEG. Além disso, a Gas Natural tem planos de investir em energia elétrica no país, o que exigirá uma folga de caixa ainda maior. Da parte da OAS, a associação da Invepar no capital com a CEG representará seu retorno a  distribuição de gás após uma década de ausência. Em 2000, a empreiteira vendeu a Gaspart para a Enron. Há pelo menos um ano a OAS planeja sua reentré na distribuição de gás, tendo ao lado a luxuosa escolta da Previ. A entrada da CEG se encaixa nas pretensões da Invepar de se tornar uma multiconcessionária de serviços públicos. Dona do Metrô Rio, da concessão da Linha Amarela e de outras rodovias no país, a holding tem planos de entrar não apenas na distribuição de gás, mas também em saneamento e em transporte marítimo. O alvo, neste caso, é a Barcas S/A, concessionária da travessia Rio-Niterói.

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