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Mubadala rasga cada página do passado da IMX

  • 6/03/2015
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Desde que o Mubadala Development Company trocou o figurino de credor pelo de acionista majoritário da IMX, a antiga estrutura da empresa está se esfarelando feito saibro. Em apenas quatro meses, o fundo árabe já se desfez da fatia de 5% no consórcio responsável pela gestão do Maracanã e desativou a área de gestão de carreira de atletas. Na IMX, já se fala que o próximo passo será a venda da participação de 20% no Rock in Rio. Do outro lado estaria a Rock City, joint venture criada entre a norte-americana SFX Entertainment e o empresário Roberto Medina. Os árabes teriam planos também de desativar o braço de consultoria, que presta serviço para outros ramos da área de entretenimento. Até lá é bem provável que a IMX já nem tenha mais esse nome. O Mubadala não vê a hora de tirar o fatídico X da identidade da companhia – a exemplo da Eneva e da combalida OGPar, outras empresas sucedâneas dos espojos de Eike Batista que renegaram suas antigas marcas. Oficialmente, a IMX nega a saída do Rock in Rio e o encerramento das atividades de consultoria. Está feito o registro. No entanto, segundo fontes próximas a  empresa, é nítido o empenho dos árabes em apagar qualquer lembrança dos tempos do Império X, o que, aliás, coloca em xeque o próprio presidente da companhia, Alan Adler. O executivo tornou-se personagem próximo de Eike depois que sua antiga empresa, a Brasil Esportes & Entretenimento, foi adquirida pela IMX, em 2011. Não deixa de ser sintomático que o Mubadala tenha encerrado a divisão de gestão de carreiras, que era o xodó de Adler, seu criador. Pela ótica do Mubadala, a IMX deve se concentrar na organização de eventos próprios, como o recente e bemsucedido Rio Open, e em serviços digitais, seus negócios mais rentáveis. No entanto, mesmo com as mudanças estratégicas conduzidas pelo fundo, as reais intenções dos árabes ainda não estão muito claras mesmo para os executivos da empresa. Há momentos em que o fundo parece disposto a pedalar o crescimento da IMX. Os árabes já teriam mencionado a disposição de expandir a plataforma digital de venda de ingresso e trazer competições internacionais de esportes olímpicos. Em outras ocasiões, no entanto, o Mubadala joga um balde de água fria, revê projetos e passa a sensação de que está apenas limpando as escamas do peixe antes de colocá-lo sobre o balcão. A norte-americana IMG Worldwide, dona de 20% da IMX, é vista como forte candidata a ficar com ações dos árabes.

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