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A Eletrobras não tem um pré-sal pela frente, mas seguirá os passos da Petrobras. A estatal vai lançar um programa de desmobilização de ativos com o objetivo de fazer caixa e honrar seus investimentos. Segundo uma alta fonte do Ministério de Minas e Energia, a proposta deverá ser analisada pelo Conselho de Administração da companhia até março. Cálculos preliminares indicam a possibilidade de captação de até R$ 10 bilhões em dois anos. A soma equivale a aproximadamente um quinto do plano de investimentos da Eletrobras para o período 2013-2017, que prevê aportes de R$ 53 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia. Oficialmente, a Eletrobras nega a desmobilização de ativos. No entanto, segundo a mesma fonte, a companhia estaria trabalhando para fechar até o fim de março a uma lista inicial dos negócios que serão colocados sobre o balcão. Em uma primeira leva, o destaque deverá ficar por conta da venda de parte das ações no consórcio Nova Energia, responsável pela construção e operação da hidrelétrica de Belo Monte. A estatal detém quase 50% do capital. A ideia é reduzir esta fatia a metade. Trata-se de um medicamento de duplo efeito. Além dos recursos arrecadados diretamente com a venda das ações, a operação permitiria a Eletrobras reduzir consideravelmente seu aporte no empreendimento e, desta maneira, gerar caixa para a execução de outros projetos. Do custo total da construção de Belo Monte, hoje cabe a companhia uma fatura da ordem de R$ 15 bilhões. Ou seja: um único investimento responde por mais de um quarto do plano estratégico da empresa para o quadriênio. Na visão dos dirigentes da Eletrobras, o perfil do provável candidato a compra das ações de Belo Monte são grandes grupos que já tenham negócios em geração na Amazônia. É o caso da Suez, controladora da usina de Jirau, e, mais recentemente, da chinesa Three Gorges, que há poucos meses entrou no capital de uma hidrelétrica no Pará e outra no Amapá. O processo de desmobilização de ativos da Eletrobras inclui ainda a venda de linhas de transmissão e de participações em usinas de médio porte. Nem mesmo projetos no segmento de energia renovável, menina dos olhos do governo, serão poupados. No entendimento dos diretores da Eletrobras, o esforço para fazer caixa poderia ser um pouco menos dramático se a empresa conseguisse tirar dos ombros o peso das seis distribuidoras estaduais federalizadas ? em 2012, o sexteto apresentou um prejuízo superior a R$ 1,3 bilhão. No entanto, este é um fardo que não para de crescer. Conforme informou o RR na edição nº 4.770, a Eletrobras estaria prestes a assumir o controle de mais duas combalidas concessionárias: a CEA, do Amapá, e a CERR, de Roraima.
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