Mendes Junior deixa o metrô passar

  • 19/02/2016
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  Por vias oblíquas, a Lava Jato desembocou no metrô paulista. O Palácio dos Bandeirantes já dá como certa a necessidade de uma nova licitação para a conclusão das obras do monotrilho da linha 17 ao longo da Avenida Jornalista Roberto Marinho, um dos projetos viários mais encruados da cidade. O mais provável é que a concorrência seja realizada no segundo semestre, o que empurraria a retomada dos trabalhos para 2017.  Mesmo que indiretamente, é mais um projeto de infraestrutura abalroado pelo petrolão. Convocada pelo governo paulista para tocar o empreendimento, de R$ 260 milhões, a Mendes Junior – segunda colocada na licitação em parceria com a construtora Heleno & Fonseca – já teria sinalizado que não vai pegar este trem andando. Falta-lhe fôlego para assumir a operação. Atropelada pela Lava Jato – o herdeiro Sergio Mendes Cunha já foi condenado a 19 anos de prisão –, a empreiteira se contorce para concluir os projetos em andamento. Consultado, o Metrô paulista informou que poderá abrir novo processo licitatório caso “os segundos colocados não tenham interesse” em assumir a obra.  A própria postura do governo paulista não ajuda a desatar o nó do projeto. Que o digam a Andrade Gutierrez e a CR Almeida. Vencedoras da concorrência e responsáveis pelas obras, as duas construtoras entraram com uma ação na Justiça para rescindir o contrato. O Metrô de São Paulo não estaria cumprindo uma série de cláusulas do contrato, algo que a concessionária nega. Procurado pelo RR, a Mendes Junior não comentou o assunto.

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