Lula empurra a mídia para as manchetes do impeachment

  • 12/04/2016
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 O ex-presidente Lula pretende trazer a mídia para o centro da campanha contra o impeachment de Dilma Rousseff. Nessa reta final, vai propor a criação de uma “agenda de segurança da democracia”, na qual a discussão da imprensa terá presença garantida. Delações, vazamentos seletivos, direito de resposta e a defesa do contraditório são algumas das questões que o ex-presidente vai colocar em praça pública. Lula tem colecionado críticas de veículos de comunicação internacionais e jornalistas estrangeiros à performance da mídia nacional e ao que ele chama de ideologização da cobertura. A mais recente foi a do Prêmio Pulitzer Glenn Greenwald, que disse nunca ter visto uma mídia tão partidária quanto a brasileira nesses últimos meses.  Lula não tem nada mais a perder nessa seara. Já prometeu e recuou na abertura desse debate inúmeras vezes. Agora, ficou claro que há lados, arestas e preferências. Assim, o tema do comprometimento da mídia vai virar uma bandeira que será empunhada por ele, estando no governo Dilma ou na disputa pela Presidência da República. A proposta é comparar a legislação brasileira dos meios de comunicação com a regulamentação dos países desenvolvidos e podar excessos. O que ele próprio menos deseja é qualquer paralelo com nações como Venezuela, Bolívia etc. Lula tem dito: “Vamos fazer a Constituinte da mídia”. Talvez este seja o maior desafio desse pernambucano, ex-líder sindical, nunca bem quisto pelos grandes grupos de imprensa do país.

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